O "TRUQUE DA GALINHA MORTA" (VERSÃO CARNAVAL)

Um dos momentos mais apropriados para a exibição e uso lúdico do “TRUQUE DA GALINHA MORTA”, é o Carnaval. Vivemos no país do Carnaval, o que mais comemora a folia, literal e metaforicamente. Durante bailes, blocos e desfiles, o “TRUQUE DA GALINHA MORTA” faz-se ver ao vivo e à cores. Nos bailes, blocos e desfiles, a mulherada usa e abusa do “TRUQUE DA GALINHA MORTA”, versão estética, por direito vitalício adquirido ao uso. São os enormes e deslumbrantes peitos siliconados, próteses de bunda, comprados dos cirurgiões plásticos, que ganham muito dinheiro à custa das moças, e das não tão moças assim. O povo aplaude de pé, maravilhado, com essa abundância de peitos e bundas. Aliás brasileiro adora uma bunda, geralmente é a parte do corpo feminino que eles mais admiram, deve ser por isso que brasileiro leva tanto neste lugar, como se diria na psicanálise, “Freud explica”. Três coisas fazem a alegria de grande parte dos brasileiros: futebol, Carnaval, e o uso do “TRUQUE DA GALINHA MORTA”, ativa ou passivamente. No Carnaval, o povo sofre a ação passiva alegremente. Quando digo o povo, falo da maioria que vive esses dias de carnaval como se a Terra fosse sofrer um cataclisma e acabar. Bem, quase mesmo que isso acontece, como foi em Itaipava, onde devidos aos deslizamentos causados pela chuva, a terra destruiu várias casas deixando as pessoas sem luz, e os mais necessitados desabrigados, sem energia elétrica, sem teto, sem nada.Pior que isso, em Petrópolis, nove pessoas morreram. Mas isso torna-se incidente de menor relevância, é Carnaval, e a boca do povo está calada, devido as alegrias e prazeres efêmeros da data. Nos desfiles, as alegorias, aliás muito bem feitas, encantam o público, tanto brasileiros como estrangeiros. Observa-se escolas de samba, cujas comunidades são extremamente carentes, no entanto durante o desfile, exibem-se com uma exuberância e luxo que somente com o dinheiro se paga. “TRUQUE DA GALINHA MORTA” despejada pelos patronos da escola na cabeça da comunidade, que desfila demonstrando uma enorme felicidade e entusiasmo, mas depois é trazida de volta à sua realidade de dura pobreza. Algumas escolas homenagearam o bicentenário da chegada da família Real Portuguesa ao nosso país. Pois é, dormi com essa imagem na mente, e sonhei. Neste sonho, as alegorias modificaram-se retratando a chegada da família real a nos ensinar a usar o “TRUQUE DA GALINHA MORTA”. Nas alas, existiam falos portugueses, e bundas brasileiras também. Em um dos carros alegóricos havia um falo português gigantesco, apontando para uma bunda brasileira, linda e enorme. À medida que o carro andava, o falo entubava o “derriére” colossal. O povo estava em frenesi, aplaudia , ovacionava, e gritava: É campeã, é campeã!!!. Acordei então. Concluí que é atávico e histórico, por isso que tem brasileiro bundão, do tipo que gosta de bunda grande, e de tomar nela.